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Arquitetos: MoDusArchitects
- Área: 430 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:Oskar Da Riz
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Fabricantes: Aster GmbH, Barth, Bernardi & Figli, Cimadom Decor, Ellecosta Metallbau, Huber Hannes, Jungmann, Kronlift, SAXL Bodenbeläge, Stampfl Bauspenglerei, Tischlerei Goller-Anders, Trias, Winkler-Verputz
Descrição enviada pela equipe de projeto. Localizado nos arredores do centro histórico da cidade de Tirol do Sul, adjacente ao Palácio Episcopal de Bressanone, o atraente volume de concreto é o último episódio de uma série de "homicídios arquitetônicos" que datam de 1800 a 1970. O TreeHugger assume as qualidades de arejamento e leveza, alinhado às estruturas antecedentes do terreno, que foram dedicadas ao acolhimento de visitantes, com suas respectivas colunas esbeltas, galerias profundas e balanços delicados.
Através de colunas, o projeto eleva seu corpo, liberando o nível do solo, para assim oferecê-lo à cidade, como um espaço público. Novas conexões visuais foram criadas, não apenas ao edifício principal do Palácio do Bispo, mas também aos pavilhões auxiliares, chineses e japoneses, que marcam os cantos dos jardins do palácio. As curvas exóticas e sinuosas dos pavilhões são reinterpretadas no edifício projetado pelo escritório MoDusArchitects, que se transforma em uma nova porta de entrada para a cidade de Bressanone.
O terreno é caracterizado por uma árvore monumental existente, que define o projeto. O TreeHugger contorna e se envolve em torno da árvore central para formar uma conexão inseparável entre a natureza e o edifício. As qualidades visuais e táteis das paredes, irregulares de concreto, afetadas pelos arbustos, e o tronco descascado do plátano mimetizam-se em sua justaposição.
O tronco da árvore é o ponto de apoio, a partir dele, cinco vãos arqueados liberam o edifício do piso, acompanhando a árvore, de modo a configurar uma moldura aberta ao redor da copa. Com o intuito de alcançar a superfície vertical e ininterrupta da casca externa de concreto, a altura total das paredes foi moldada a partir de uma forma, e em seções sucessivas formando um anel contínuo de 9 metros de altura, no qual o concreto foi despejado. A curvatura das paredes e as lajes do piso, formam uma composição colaborativa na qual a forma, a estrutura e as fachadas dos edifícios se tornam apenas um elemento.
O edifício é praticamente todo envidraçado no térreo, que abriga os espaços públicos e cabines de informações, permitindo a máxima transparência e permeabilidade. A entrada é definida pelas esquadrias embutidas, e pela grande marquise que se estende em direção à nova praça. O piso superior, o qual abriga os escritórios administrativos, é fechado e enigmático, com uma sequência de superfícies convexas.
Por meio das curvas acolhedoras e equilibradas, e pela casca tectônica de concreto, o TreeHugger inicia uma conversa com seu contexto histórico, enquanto atrai organicamente transeuntes e visitantes como um ímã dedicado ao compartilhamento da cultura local.